Pingos de chuva, vistosos pingos começam a confrontar com o árido solo e como numa batalha logo vem o reforço. Mais pingos, vejam!
Agora se tornara uma ininterrupta e intensa chuva capaz de molhar a mais seca das superfícies. Lá estão eles! Protegidos? Talvez.
Enquanto o meu olhar os fita, coloco-me a pensar e quem sabe tentar entender, do que realmente estão se protegem?
Estamos o tempo todo tentando nos proteger de coisas que possivelmente irão nos atingir como esses pingos, tão inocentes pingos de chuva que nos esquecemos que se ficarmos embaixo dessa guarita certamente a chuva não nos atingirá mas, saberemos nos proteger quando o temporal vier sobre nós? Teremos noção da intensidade ou a força desses pingos ou tocarem nosso árido corpo?
A chuva passará, mas você já não pode ficar mais protegido, pois precisa seguir o seu caminho e quem sabe quando ela retornar na próxima esquina, já não haja mais um telhado por perto a lhe proteger. E agora, onde irá se abrigar até a chuva passar?
Mas eles permanecem lá!
Esperando a chuva passar...
Esse pensamento que eu escrevi neste dia 08-01-2010, escrevi com 01(um) ano de atraso. E, em minha mente este título já tivera vários corpos e sentidos, onde meu texto fora o que quisera ser dependendo do dia e das condições de minha inspiração ou falta dela toda vez que pensava que teria de escrever esse pensamento, pois prometi a minha amiga Patty Hoffmann, desde aquela tarde no verão passado, que ao passarmos por aquele viaduto e ao vermos dois homens de ternos como que, tentando se proteger da intensa chuva que começara a cair minutos atrás, enquanto nós a um passo e outro de nossa caminhada contemplava-mos cada pingo que caia. Aqui está ele Patty "Esperando a Chuva Passar".
